quarta-feira, 18 de maio de 2016

Foram muitas lutas para que criança fosse considerada cidadã.


 
            O chamado caso Marie Anne foi informado na história como precedente histórico na luta pelos direitos da infância nos tribunais no mundo. O episódio remonta ao ano de 1896, final da última década do século XIX[4]:

A menina de 9 anos sofria intensos maus tratos impostos pelos pais, fato que chegou ao conhecimento público na Nova Iorque daquela época. Como para o direito civil do século XIX não havia distinção entre uma criança e um cachorro, ao menos do ponto de vista da responsabilidade civil, o certo é que os pais julgavam-se donos dos filhos, e que poderiam educá-los como lhes aprouvesse. O castigo físico era visto como método educativo, e sendo as crianças – como os animais – propriedade de seus donos, no caso os pais, poderiam ser educadas da forma que entendessem.
A situação se tornou de tal modo insuportável que o caso chegou aos tribunais. A Sociedade Protetora dos Animais de Nova Iorque entrou em Juízo para defender os direitos de Marie Anne e afastá-la de seus agressores. A entidade argumentou que se aquela criança fosse um gato ou qualquer outro animal, que estivesse submetido àquele tratamento, teria ela legitimidade para agir e então, com maior razão, tratando-se de um ser humano.
A criança que, no início do século XIX era tratada como “coisa”, passou a reclamar ao menos a condição de objeto de proteção do Estado.
Estava nascendo o Direito de Menores.
Este caso originou, de membros daquela Sociedade Protetora dos Animais, o surgimento da primeira Liga de Proteção à Infância, que se tornou um organismo internacional.
 
            O mesmo caso é narrado nas palavras de Emílio Garcia Mendez e Antônio Carlos Gomes da Costa[5]:


Ler mais: http://dikad2.webnode.pt/news/direito%20penal%20juvenil%3A%20medidas%20de%20prote%C3%A7%C3%A3o%20e%20medidas%20socio-educativas/

Nenhum comentário: